Perfis literários: Kamylla Fetal e JP

Para integrar a parte impressa do nosso kit multimídia referente ao trabalho de conclusão de curso (TCC) de Jornalismo da Unijorge 2012.2, produzimos dois perfis jornalístico-literários. Ambos abordam os pontos de vista individuais de dois personagens centrais – jovens tatuadores – que atuam em estúdios soteropolitanos, pelo critério do gênero (sexo).

O primeiro perfil tem como personagem a tatuadora Kamylla Fetal, de 23 anos. Natural de Maceió, ela trabalha no estúdio Ka.n.Vas, no bairro da Graça, área nobre de Salvador. O texto tem como eixo central a visão feminina em relação à tatuagem. O outro se refere ao tatuador João Paulo, de 33 anos. Conhecido no mercado por suas iniciais JP, ele possui seu próprio estúdio, o “Tattoo Arte”, no bairro do Itaigara.

Intitulado “Calma na hora de desenhar o corpo”, o perfil de Kamylla tem o propósito de exprimir e esclarecer, mesmo que resumidamente, a sua trajetória pessoal, desde a infância, a trajetória profissional, o cotidiano da profissão e suas opiniões distintas e concisas sobre a tatuagem e a questão do preconceito que afeta tatuadores e tatuados, explanadas sob múltiplos aspectos. A mesma linha de raciocínio foi seguida no perfil de JP, denominado “Ele vive de projetos na pele”.

A diagramação dos textos agregou positivamente a sua estética, que ficou com aparência de uma revista, despertando assim mais desejo pela leitura. Os textos dos perfis também ficaram bem soltos, facilitando o entendimento e o desenrolar da história de cada personagem.

Professor-orientador: Paulo Leandro. Co-orientadores: Alberto Oliveira, Ana Paula Guedes, Antônio Brotas e Lilian Mota.

Clique aqui para baixar o arquivo dos perfis literários em PDF

Por trás da tatuagem

Com duração de 8 minutos, o documentário do nosso TCC, denominado Por trás da tatuagem, aborda diferentes pontos de vista sobre o mundo da tatuagem, buscando entender o que pensam os personagens. O documentário tem como objetivo central mostrar as opiniões que estão por trás da tatuagem, das aparências e do preconceito.

Definimos os quatro personagens buscando diferenças dentro de um mundo comum entre eles, todos com idades, profissões e graus de envolvimento com a tatuagem distintos. A definição do perfil dos personagens foi o ponto inicial na produção e no desenvolvimento deste produto audiovisual.

Foram gravados depoimentos do tatuador Isaac Tocinho, do Studio de Arte, no Rio Vermelho, do fisioterapeuta Sérgio Dias, que fez sua primeira tatuagem aos 62 anos, da estudante de Biologia Isadora Oliveira, que se tatuou aos 22 anos, e de Fernando Daltro, médico psiquiatra que possui uma tatuagem.

Para expressar as opiniões externas a quem já está no mundo da tatuagem, conseguimos trazê-las, graças ao apoio da nossa orientadora Lilian Mota, com um “fala povo” na abertura do documentário, com depoimentos coletados livremente no Porto da Barra e no Museu Rodin, na Graça. Os entrevistados foram o aposentado Ivan Falcão, a varredora Itana Simões, o comerciante Fernando Fioresi e a vendedora Brízida Barbosa.

Cada personagem recebeu uma trilha sonora diferenciada, com músicas distintas em ritmo e intensidade para que a entrada da trilha já apresentasse o personagem que estava por vir. Para a vinheta de abertura, optamos pela construção de cenas em stop motion, nas quais o corpo da modelo Jenifer Freitas é captado de forma muito próxima e, posteriormente, elas vão abrindo para uma visualização geral da personagem com inúmeras tatuagens espalhadas em seu corpo.

Professora orientadora: Lilian Mota. Co-orientadores: Alberto Oliveira, Ana Paula Guedes, Antônio Brotas e Paulo Leandro.

Assistam ao nosso documentário Por trás da tatuagem no vídeo abaixo:

Café Cultural – Tatuagem

Logo Café Cultural

Programa radiojornalístico focado em comportamento e cultura pop, o Café Cultural aborda um tema por semana para discussão e conhecimento, porém de uma forma diferente e descontraída. Nesta primeira edição, apresentada por Laís Amorim e Lorenlai Caribé, o assunto é o universo da tatuagem.

Seu conteúdo consta de duas matérias: uma breve história da arte corporal, com locução de Marcos Cerqueira, e as relações existentes entre ela e os jovens, com locução de Luiz Oliveira. O Café Cultural termina com um recado especial de um artista soteropolitano tatuado, Fábio Cascadura, vocalista do grupo de rock Cascadura, seguido de um trecho da música Simples como a vida, da própria banda.

Este programa, com duração de 5 minutos, faz parte do kit multimídia do nosso trabalho de conclusão de curso (TCC) de Jornalismo 2012.2 do Centro Universitário Jorge Amado (Unijorge), e foi produzido pelos alunos Hugo Gonçalves, Laís Amorim, Lorenlai Caribé, Luiz Oliveira e Sara Cohim.

Professora orientadora: Ana Paula Guedes. Co-orientadores: Alberto Oliveira, Antônio Brotas, Lilian Mota e Paulo Leandro.

Clique aqui e ouça o Café Cultural. Boa audição!

Tatuagem em Salvador: um breve panorama da arte corporal na capital baiana

A história da tatuagem na cidade de Salvador muitas vezes se confunde com a própria vinda dessa manifestação artística para o país, que no final da década de 1950 aportou em terras brasileiras na cidade de Santos, no litoral de São Paulo, pelas mãos do artista dinamarquês Knut Harald Likke Gregersen, conhecido popularmente como Lucky Tattoo.

Quase dez anos mais tarde, outros artistas estrangeiros também contribuíram para a difusão da tatuagem em Salvador, quando a trouxeram para uma sociedade baiana ainda em formação de conceitos, paradigmas e estereótipos a respeito da arte de pintar a pele. O famoso tatuador soteropolitano Luís Carlos Carvalho, o Bingha, teve sua primeira tatuagem elaborada por um coreano em meados da década de 1970, que foi uma flor em forma de tebori, uma forma japonesa de tatuar artesanalmente.

Alguns anos antes de Bingha ganhar sua primeira tatuagem, os brasileiros presenciavam uma instabilidade política na gestão do então presidente João Goulart (1918-1976), em 1964, quando os militares deram um golpe de Estado que pôs fim ao governo civil no Brasil. Nesse contexto lamentável, o novo regime impôs ao país uma violenta censura contra veículos de comunicação, intelectuais e artistas – músicos, atores, dramaturgos, escritores, cineastas e artistas plásticos –, implicando uma série de cortes em vários segmentos da arte e da cultura popular brasileira.

A tatuagem, que pouco tempo havia desembarcado de países do exterior, foi igualmente sufocada pela forte opressão e pela ignorância outorgadas pelo regime ditatorial, que perdurou por 21 anos. A canção Tatuagem, de autoria de Chico Buarque de Holanda e Ruy Guerra, composta em 1973 para o espetáculo teatral Calabar, o elogio da traição, escrito pelos próprios autores, foi censurada e, apenas sete anos mais tarde, em 1980, foi liberada.

Mesmo com a forte opressão, a tatuagem, embora fosse contraditória, não parou de avançar em solo soteropolitano. Se por um lado era possível observar um claro preconceito por parte da sociedade baiana, que julgava como marginais aquelas pessoas que se submetiam à pintura na pele, uma forte corrente de união crescia entre os amantes da arte de se tatuar. De amadores, os praticantes da tatuagem passaram a desenvolver suas técnicas com o auxílio de experientes artistas que chegavam à cidade ensinando novas habilidades, abordagens e procedimentos de higiene.

Os primeiros estúdios de tatuagem em Salvador surgiram no final da década de 1970. Um deles foi o Studio Tatuagem do Sol, que estava localizado no bairro da Barra e contava com o talento de três artistas que mais tarde viriam a ser considerados expoentes da arte na Bahia: Jorge Magha, Bingha e Toni. Segundo Bingha, que foi um dos sócios, o estúdio alcançou sucesso, chegando a recepcionar celebridades como o cantor e compositor Caetano Veloso, mas em 1985 a sociedade foi desfeita pelos parceiros.

Uma parcela dos artistas baianos, sobretudo músicos de rock e de axé, aderiu à moda das tatuagens, como Saulo Fernandes, ex-vocalista da banda Eva. Entre os desenhos que Saulo possui em seu corpo, a mais expressiva é uma imagem de seu filho mais velho, João Lucas, marcada em seu braço esquerdo, simbolizando o afeto que o cantor tem por ele.

Mesmo com o crescente número de pessoas que buscam se tatuar todos os anos, ainda existem discriminações e preconceitos por toda a cidade. Embora seja nítida a atual percepção social a respeito da tatuagem, quando se trata da busca por emprego, a maioria dos entrevistados garante esconder suas tatuagens pelo fato de as empresas manterem uma filosofia e um padrão estético conservadores.

Já que na capital baiana o preconceito racial apresenta acentuada visibilidade, muitos tatuadores e tatuados de matriz afrodescendente são passíveis disso. Os tatuadores dizem que em cada época existem estilos e técnicas de tatuagem que se sobressaem e se tornam mais populares e relevantes em termos financeiros. Pessoas muitas vezes tendem a seguir um fluxo de pensamento coletivo que as faz escolher determinados elementos para sua tatuagem.

Ao longo do tempo, os tatuadores de Salvador estão se aperfeiçoando no mercado. Novas técnicas estão sendo apresentadas ao público soteropolitano, como as tatuagens maoris. Originárias da Polinésia, elas são tribais e foram bastante aceitas em âmbito local. Atualmente, a novidade é a tatuagem old school – em português, velha escola –, que consiste na prática da tatuagem bem colorida, com cores bem vibrantes e profundas.

Mas, infelizmente, os tatuadores que atuam em Salvador são forçados a se deslocar de sua própria cidade – e até do Brasil – em busca de novas técnicas, metodologias e inovações no setor. Regularmente, eles comparecem a convenções internacionais, nas quais tatuadores de diferentes países se congregam, fazendo com que os profissionais realizem intercâmbios entre várias culturas e divulguem novidades do ramo da tatuagem.

Fabiana Fontoura

Em mais um “Minha Tatuagem”, confira o perfil da auxiliar administrativa Fabiana Fontoura.

Fabiana Fontoura e sua tatuagem

Nome: Fabiana Araújo Fontoura

Idade: 31 anos

Profissão: Auxiliar administrativa

Quantas tattoos? Uma

História da tattoo: Em homenagem ao meu filho. Aí, coloquei o anjo Gabriel.

Quem foi o tatuador? Luís, na Boca do Rio.

Há quanto tempo? 4 anos.

Já sofreu preconceito? Não

Pretende fazer outras tatuagens? Sim.

Mensagem final aos leitores: Antes de você colocar uma tatuagem, você tem que pensar bem que é para a vida eterna.

Café Cultural

Fazendo parte do kit multimídia do nosso Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), produzimos o Café Cultural, programa radiofônico focado no jornalismo cultural, no qual será escolhido um tema por semana para discussão e conhecimento, porém de forma descontraída.

Na primeira edição o tema foi “Tatuagem”, com duas matérias e um recadinho especial! Abaixo segue a versão online das duas reportagens do nosso programa.

História da tatuagem

Quem tem tatuagem é visto como alguém irreverente, moderno. Mas você sabia que ela existe há muitos séculos? A pele humana é tatuada no Egito desde 4 mil anos antes de Cristo. Era também uma tradição em rituais ligados à religião entre os nativos da Polinésia, Indonésia, Filipinas e Nova Zelândia.

Apesar de a tatuagem hoje ser mais aceita na sociedade, no final do século XIX, na Inglaterra, foi usada para identificar criminosos.

Já nos anos 40, na época da Segunda Guerra Mundial, a tatuagem ganhou força como acessório corporal em marinheiros e soldados que tatuavam o nome da amada antes de partirem.

Em 1959, a tatuagem chega ao Brasil, na cidade de Santos, litoral paulista, considerada na época uma zona de prostituição e boemia. O preconceito com a tatuagem logo foi disseminado. Foram décadas da chamada “arte marginal”, e ainda hoje é vista por alguns grupos como uma forma de transgressão social.

Os jovens e a tatuagem

Nesta matéria mostramos qual é a visão que o jovem tem da tatuagem e quais são os principais motivos para eles fazerem uma.

Cada vez mais presente na pele dos jovens, a tatuagem vem ganhando muitos adeptos. Nome de família, tribal, borboletas, símbolos, têm para todos os gostos. Mas por que a tatuagem é tão usada pelos jovens? Seria um momento de transgressão social? Simbologia? A psicóloga Natasha Bazhum fala um pouquinho sobre isso.

“Não vejo tatuagem como uma transgressão. Acho que é uma marca de alguma coisa importante e representativa”, disse a psicóloga.

O estudante Magno Tavares teve um motivo bem especial na sua primeira tatuagem.

“Foi uma retratação de uma fotografia minha e do meu pai, que a gente tem no passado, e aí tava legal pra fazer o desenho, e aí a escolhi como forma de homenagem, e uma lembrança também positiva da imagem física do meu pai. Decidi fazê-la e ficou perfeito, ficou legal. Minha mãe, antes da tatuagem, tinha uma concepção totalmente oposta, assim, de marginalização. Mas acho que talvez pelo fato de a tatuagem sendo uma pessoa querida como meu pai, acho que também as coisas se inverteram e ela hoje passa a olhar a tatuagem assim como arte, realmente, assim”, disse Magno.

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Gustavo Rehm, também estudante, conta o motivo das suas tatuagens.

Na verdade, as três tatuagens que eu tenho são pelo mesmo motivo, que é minha avó. Todas são relacionadas à minha avó, ao modo que ela tinha de pensar que é de acordo com a religião hindu. É uma mandala, que era um quadro que minha avó tinha em casa, Shiva e Ganesha”, contou Gustavo.

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A psicóloga diz ainda que não há uma idade ideal para se fazer uma tatuagem, mas explica que a família tem grande influência nessa decisão.

“Não tem uma idade ideal e eu acho que isso vai de acordo com a educação, a família, o que representa aquela tatuagem para aquela pessoa. No mínimo, hoje, que a pessoa tem que ter, seria 18 anos, que quando ela tem domínio sobre o próprio corpo”, afirmou Natasha.

Em breve postaremos a versão radiofônica do nosso “Café Cultural”.

Tatuagem, preconceitos e identidade de gênero

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Pelo fato de a tatuagem ser consequência da estrutura de funcionamento de grupos marginalizados em termos de controle, corporalidade e identidade, a noção de preconceito contra ela ou os tatuados se insere como um discurso que faz encobrir sua estrutura. A junção da arte corporal com a marginalidade, por exemplo, disfarça a resistência de alguns indivíduos ao controle sobre seus corpos. Isso associa a ideia de tatuagem como representação do exotismo selvagem e da marginalidade.

Inúmeras formas de preconceito contra os tatuados ou a tatuagem se manifestam ainda no mercado de trabalho. Dentro da profissão, os tatuadores são discriminados, sobretudo nas relações de gênero, por ser uma atividade basicamente masculina. Já em ambientes laborais, geralmente hostis à tatuagem, os tatuados são alvos de represálias e restrições. Como solução para não serem vítimas de preconceito, eles optam por áreas corporais menos expostas ao olhar, porém nem sempre a tatuagem está completamente escondida.

O medo do preconceito e das retaliações no mundo profissional existe, inserindo-se no imaginário da tatuagem na nossa sociedade. A associação entre marginalidade e tatuagem, penetrada no senso comum, parece alimentar o medo relacionado ao mercado de trabalho.

Grupos marginalizados, isolados ou excluídos podem significar que a tatuagem traduz a situação vivenciada por seus integrantes. Logo, ela apresenta, para esses grupos, uma forma de incorporação. O isolamento de determinados grupos tatuados também implica determinadas experiências físicas e psicológicas.

Segundo David Le Breton, o corpo é um objeto de transição que pode ser manipulado e transformado conforme os desejos do indivíduo. Ele ainda pondera que, por ser situada em um contexto contraditório entre adolescentes e seus pais, a tatuagem serve para tomar posse de si.

Ao analisarem as tatuagens nas academias de musculação, os pesquisadores César Sabino e Madel Luz classificaram os tipos de desenhos em cada um dos três gêneros: feminino, masculino e unissex. As mulheres tatuam com frequência determinadas figuras, como flores, estrelas, borboletas, lua, sol, personagens femininas de histórias em quadrinhos, beija-flores, gatos e fadas.

Já os homens carregam em seus corpos reproduções pictóricas de águias, cruzes, panteras, tigres, dragões, demônios, caveiras, armas, arame farpado, sereias, mulheres nuas, tubarões, esqueletos com foice e capuz e, principalmente, cães da raça pitbull. Tanto homens quanto mulheres tatuam ideogramas, desenhos tribais, palavras e frases em letras góticas, símbolos da computação, códigos de barra, corações e figuras mitológicas.

Quanto à identidade de gênero, a tatuagem distingue o homem da mulher por seus atributos psicológicos e emocionais. A tatuagem de um animal selvagem no braço de um homem dá a ele aspectos masculinos, como força, destruição, descontrole, agressividade e violência; enquanto tatuar na pele de uma mulher borboletas, flores, estrelas e animais domésticos ou inofensivos (gatos, beija-flores, etc.), entre outras figuras, confere-lhe qualidades femininas, como delicadeza, inocência, sensibilidade, charme, beleza e sedução.

A tatuagem traz para o indivíduo a expressão particular e intransferível de suas sensações e da constituição de identidades absolutamente singulares, que também difundem o elogio da diferenciação pessoal em meio a um contexto dominado por uma lógica indiferenciada e impessoal. Além de servir de “arena gráfica” para os indivíduos que nele se tatuam, o corpo se transforma em um ambiente favorável de um processo de diferenciação e individualização.

Tattoo Show 2012 acontece neste sábado em Salvador


Em sua quarta edição, o evento abrange uma série de atividades que promovem a arte da tatuagem para o público em geral

Neste sábado, dia 1º de dezembro, acontece a quarta edição do Tattoo Show 2012 no Studio de Arte, no Rio Vermelho. O evento reúne em Salvador profissionais da tatuagem com experiência no Brasil e no exterior, promovendo um dia inteiro de atividades com o intuito de criar um ambiente de cultura e intercâmbio artístico entre os tatuadores. Além disso, os artistas expõem ao público o trabalho dos profissionais envolvidos, bem como a arte feita na pele no dia a dia dos estúdios.

O Tattoo Show é idealizado pelos tatuadores baianos Isaac Tocinho, Aurélio Batata e Esquerda Tattoo. A expectativa é de que o evento mantenha o sucesso dos anos anteriores, que contou com exposição de mais de 50 obras de tatuadores, incluindo trabalhos em telas, body suit (tela em formato do torso humano), shapes de skate e outros suportes. No seu quarto ano, o Tattoo Show se consolida como um dos eventos de tatuagem mais esperados no Brasil.

Isaac Tocinho

Com a intenção de contribuir para que a tatuagem seja vista pelo público em geral como mais um ramo das artes plásticas, o Tattoo Show oferece um dia inteiro de atividades que interessam não só aos tatuadores, mas aos apreciadores de trabalhos artísticos e curiosos. Exposições de ilustrações dos tatuadores e um encontro de Art Fusion, onde um grupo de artistas desenvolvem obras em que todos participam em sistema rotativo, são atividades garantidas no evento. Os ingressos custam R$ 10 (casadinha pelo mesmo preço até às 15 h). 

Tatuagens a preços especiais

O Tattoo Show 2012 terá como abertura a exposição de trabalhos artísticos dos tatuadores, e logo depois uma ação para promover a rotatividade de público e a diversidade de estilos desenvolvidos pelos artistas, o Wings Flash Day. Tatuagens serão feitas no local do evento por artistas convidados, a um preço único (R$ 200) abaixo do valor normal cobrado nos estúdios. Todas as tatuagens deverão ter o tema de asas, cujos desenhos serão levados prontos ou idealizados pelos artistas que participam do evento.

SERVIÇO

O QUÊ: Tattoo Show 2012

QUANDO: 1º de dezembro de 2012 (sábado), a partir das 10 h

ONDE: Studio de Arte (Rua da Paciência, 68, Rio Vermelho, ao lado da Farmácia Santana)

QUANTO: R$ 10 (casadinha por este preço até às 15 h)

REALIZAÇÃO: Studio de Arte e Esquerda Tattoo

INFORMAÇÕES: (71) 3334-0482 | www.facebook.com/studiodearte

Rafael Marques

No quadro “Minha Tatuagem”, nosso entrevistado é o contador Rafael Marques. Confira o perfil!

Nome: Rafael Marques

Idade: 23 anos

Profissão: Contador

Quantas tatuagens? Uma só

História da tatuagem: Há muito tempo eu tinha vontade de fazer. E aí, no dia que eu resolvi fazê-la, eu a criei junto com meu tatuador.

Qual é o desenho? Na verdade, é uma mistura de símbolos. São várias simbologias da cultura maori; cada uma tem um significado diferente.

Quem foi o tatuador? Cris Tattoo, lá em Vilas do Atlântico.

Há quanto tempo? Tem 8 meses.

Já sofreu preconceito? Não, nenhum.

Mensagem final aos leitores: Tatuagem é uma arte. Quem se dispõe a tatuar o seu corpo, é porque quer fazer uma arte no corpo e deixá-la entrar para o resto da vida.

Veja, abaixo, mais fotos da tatuagem de Rafael: